Artigo com revisão das recomendações sobre os exames complementares empregados no diagnóstico clínico de doença de Alzheimer (DA) no Brasil, publicadas em 2005. Foram avaliados de modo sistemático consensos elaborados em outros países e artigos sobre o diagnóstico de DA no Brasil disponíveis no PUBMED ou LILACS. Os exames laboratoriais recomendados são hemograma completo, creatinina sérica, hormônio tíreo-estimulante, albumina, enzimas hepáticas, vitamina B12, ácido fólico, cálcio, reações sorológicas para sífilis e, em pacientes com idade inferior a 60 anos, com apresentações clínicas atípicas ou com sintomas sugestivos, sorologia para HIV. Exame de neuroimagem estrutural, tomografia computadorizada ou – preferencialmente – ressonância magnética, é indicado na investigação diagnóstica de síndrome demencial, para exclusão de causas secundárias. Exames de neuroimagem funcional (SPECT e PET), quando disponíveis, aumentam a confiabilidade diagnóstica e auxiliam no diagnóstico diferencial de outras formas de demência. O exame do líquido cefalorraquidiano é preconizado em casos de demência de início pré-senil, com apresentação ou curso clínico atípicos, hidrocefalia comunicante e quando há suspeita de doença inflamatória, infecciosa ou priônica do sistema nervoso central. O eletroencefalograma de rotina auxilia no diagnóstico diferencial de síndrome demencial com outras condições que interferem no funcionamento cognitivo. A genotipagem da apolipoproteína E ou de outros polimorfismos de susceptibilidade não é recomendada com finalidade diagnóstica ou para avaliação de risco de desenvolvimento da doença. Os biomarcadores relacionados às alterações moleculares da DA ainda são de uso quase exclusivo em protocolos de pesquisa, mas quando disponíveis podem contribuir para maior precisão diagnóstica da doença.(Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):11-20) <<< leia o artigo >>>
Arquivo da categoria: Núcleos de Interesse
Critérios para o diagnóstico de doença de Alzheimer
Consenso realizado pelo Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia com o objetivo de recomendar novos critérios para diagnóstico de demência e doença de Alzheimer (DA) no Brasil. Foi realizada revisão das propostas de critérios clínicos e de pesquisa sugeridas por outras instituições e consensos internacionais. A nova proposta para o diagnóstico de demência exige o comprometimento funcional e cognitivo, atingindo este último pelo dois dos seguintes cinco domínios a seguir: memória, função executiva, linguagem, habilidade visual-espacial e alteração de personalidade. No diagnóstico de DA, dividiu-se a mesma em três fases: demência, comprometimento cognitivo leve e pré-clínica, sendo esta última somente para pesquisa clínica. No quadro de demência, foram aceitas outras formas de início que não a amnéstica e incluída a necessidade de exame de neuroimagem. O diagnóstico do comprometimento cognitivo leve é clínico, podendo, em situações de pesquisas, serem utilizados marcadores biológicos buscando maior probabilidade de evolução para DA. (Dement Neuropsychol 2011 June;5(Suppl 1):5-10) <<< leia o artigo >>>
The electroencephalogram of idiopathic generalized epilepsy (critical review)
Idiopathic generalized epilepsy (IGE) is classified into several subsyndromes based on clinical and electroencephalography (EEG) features. The EEG signature of IGE is bisynchronous, symmetric, and generalized spike-wave complex; although focal, irregular, and so called “fragments” of discharges are not uncommon. Other characteristic EEG features include polyspikes, polyspike-wave discharges, occipital intermittent rhythmic delta activity, and photoparoxysmal response. Both human and animal data suggest involvement of the thalamus and the cortex in the generation of spike-wave discharges in IGE. Circadian variations of generalized epileptiform discharges are well described, and these can be useful in diagnostic confirmation. Those discharges tend to occur more often after awakening and during cyclic alternating pattern phase-A of non–rapid eye movement sleep. Activation procedures such as hyperventilation, intermittent photic stimulation, eye closure, and fixation-off are useful techniques to increase the yield of both interictal and ictal EEG abnormalities. Although not in routine use, specific triggers such as pattern stimulation and cognitive tasks may also be of value in eliciting rare reflex seizure-related EEG abnormalities. Variations of EEG abnormalities are evident between different electroclinical syndromes. EEG is also affected by certain external as well as internal factors, which should be borne in mind when interpreting EEG studies in IGE. (Epilepsia, 53(2):234–248, February 2012). <<< leia o artigo >>>
PRIMEIRO CONSENSO BRASILEIRO PARA TROMBÓLISE NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO AGUDO
Artigo com as conclusões do I Consenso Brasileiro para Trombólise no Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em reunião promovida e coordenada pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, neurologistas especializados em doenças cerebrovasculares, analisaram e discutiram os requisitos assistenciais e profissionais e definiram as diretrizes e os protocolos para a trombólise em pacientes com AVC isquêmico agudo. <<< leia o artigo >>>
PRIMEIRO CONSENSO BRASILEIRO DO TRATAMENTO DA FASE AGUDA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Síntese do Iº Consenso Brasileiro do Tratamento da Fase Aguda do Acidente Vascular Cerebral (AVC), reunião patrocinada e coordenada pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, com especialistas em doenças cerebrovasculares, enfocando os principais itens na conduta frente a pacientes com AVC. <<< leia mais >>>
NIH Stroke Scale Training – Tips for scoring
NIH Stroke Scale Training – Patient B
NIH Stroke Scale Training – Patient A
NIH Stroke Scale Training – Basics
Vídeo original do NIH para treinamento da NIHSS. O booklet com as instruções da escala pode ser baixado aqui.
Predicting outcome of IV thrombolysis–treated ischemic stroke patients: the DRAGON score
Objective: To develop a functional outcome prediction score, based on immediate pretreatment parameters, in ischemic stroke patients receiving IV alteplase.
Methods: The derivation cohort consists of 1,319 ischemic stroke patients treated with IV alteplase at the Helsinki University Central Hospital, Helsinki, Finland. We evaluated the predictive value of parameters associated with the 3-month outcome and developed the score according to the magnitude of logistic regression coefficients. We assessed accuracy of the model with bootstrapping. External validation was performed in a cohort of 330 patients treated at the University Hospital Basel, Basel, Switzerland. We assessed the score performance with area under the receiver operating characteristic curve (AUC-ROC).
Results: The DRAGON score (0–10 points) consists of (hyper)Dense cerebral artery sign/early infarct signs on admission CT scan (both = 2, either = 1, none = 0), prestroke modified Rankin Scale (mRS) score >1 (yes = 1), Age (≥80 years = 2, 65–79 years = 1, <65 years = 0), Glucose level at baseline (>8 mmol/L [>144 mg/dL] = 1), Onset-to-treatment time (>90 minutes = 1), and baseline National Institutes of Health Stroke Scale score (>15 = 3, 10–15 = 2, 5–9 = 1, 0–4 = 0). AUC-ROC was 0.84 (0.80–0.87) in the derivation cohort and 0.80 (0.74–0.86) in the validation cohort. Proportions of patients with good outcome (mRS score 0–2) were 96%, 88%, 74%, and 0% for 0–1, 2, 3, and 8–10 points, respectively. Proportions of patients with miserable outcome (mRS score 5–6) were 0%, 2%, 5%, 70%, and 100% for 0–1, 2, 3, 8, and 9–10 points, respectively. External validation showed similar results.
Conclusions: The DRAGON score is valid at our site and was reliable externally. It can support clinical decision-making, especially when invasive add-on strategies are considered. The score was not studied in patients with basilar artery occlusion. Further external validation is warranted.
———————
D. Strbian, MD, PhD, A. Meretoja, MD, PhD, MSc (Stroke Med), F.J. Ahlhelm, MD, PhD, J. Pitkäniemi, PhD (Stat), P. Lyrer, MD, M. Kaste, MD, PhD, S. Engelter, MD and T. Tatlisumak, MD, PhD
From the Department of Neurology (D.S., A.M., M.K., T.T.), Helsinki University Central Hospital, Helsinki, Finland; Departments of Diagnostic and Interventional Neuroradiology (F.J.A.) and Neurology (P.L., S.E.), University Hospital Basel, Basel, Switzerland; and Department of Public Health (J.P.), University of Helsinki, Helsinki, Finland.